A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) alertou ontem, diante de notícias recentes, que algumas prefeituras brasileiras distribuíram a ivermectina como forma de tratamento e até a prevenção do Covid-19. Segundo o órgão associado ao Ministério da Saúde, seu uso não é recomendado para doenças induzidas por coronavírus.
A agência afirmou em nota que "não existe estudos conclusivos que confirmam o uso desse medicamento no tratamento da covid-19". Além disso, enfatizou que "o uso de medicamentos sem orientação médica e sem evidências de que eles são realmente indicados para algumas doenças acarreta vários riscos à saúde".
A Anvisa lembrou que a ivermectina é um medicamento recomendado contra parasitas. Em estudos recentes, o medicamento até mostrou resultados positivos contra uma ampla gama de vírus, mas a conclusão foi tirada de estudos in vitro, ou seja, sem a próxima etapa de estudos em humanos.
“Os resultados encontrados in vitro não podem ser tomados como verdadeiros in vivo”, advertiu o órgão, acrescentando que há apenas um estudo em andamento no Brasil para a comprovação da eficácia do medicamento contra a covid-19. A iniciativa, porém, tem previsão de conclusão para julho de 2021 e não teve a anuência da Anvisa.
O órgão ligado ao Ministério da Saúde ainda demonstrou preocupação com a falta de dados sobre a ivermectina “que indiquem qual seria a dose, posologia ou duração de uso adequada para impedir a contaminação ou reduzir a chance de gravidade da doença.”
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