Por Adriano Lima Neves
As oito décadas de existência do IFES de Santa Teresa, completadas hoje, 06 de setembro, é um marco na história da educação na nossa região, pois foi a maior referência de educação de qualidade para inúmeras gerações de jovens de Santa Teresa, Santa Leopoldina, Colatina, Itaguaçu, Santa Maria de Jetibá, Itarana e praticamente todos os municípios do Espírito Santo, além de diversos estados do Brasil. E continua sendo uma instituição de referência, embora hoje não seja mais a única.
Criada durante a interventoria de João Punaro Bley, no contexto do Estado Novo (1937-1945) de Getúlio Vargas, foi inicialmente chamada de Escola Prática de Agricultura.
Foi no ano de 1940 que Enrico Ildebrando Aurélio Ruschi, irmão do cientista Augusto Ruschi, então chefe do Departamento Geral de Agricultura, Terras e Obras do Espírito Santo, encaminhou e teve aprovado pelo interventor federal um projeto de implantação de uma nova escola. O local escolhido foi a antiga fazenda da família Pagani e sua usina hidrelétrica, situadas no distrito de São João de Petrópolis, município de Santa Teresa. À área inicial foram incorporadas pequenas propriedades por desapropriação, atingindo uma área total de 626 hectares, tornando-se o maior estabelecimento rural da região.
Construção dos Prédios da Instituição |
1º Almoço - 1942 |
1ª Turma da Escola Prática de Agricultura – 1940 a 1942 |
A legislação da época indicava que as escolas agrícolas deveriam funcionar em regime de internato, e nelas seriam ofertadas as quatro séries do 1º ciclo (Ginásio Agrícola) e as três séries do 2º ciclo, garantindo a certificação aos concluintes como Técnicos em Agricultura. Em 1948 houve a primeira mudança no nome, passando a se chamar Escola Agrotécnica do Espírito Santo, seguindo orientação da nova legislação para o ensino agrícola no país.
Em 1979, o Colégio Agrícola passa a se chamar Escola Agrotécnica Federal de Santa Teresa, permanecendo subordinada a COAGRI até a sua extinção em 1985, quando passou à Secretaria de Ensino de 2º Grau. Nessa fase diversificaram-se os cursos oferecidos na instituição e se consolidou a sigla EAFST, com a qual muitos moradores da região e ex-alunos ainda se referem à escola.
Em 1993, a Escola Agrotécnica Federal de Santa Teresa tornou-se uma autarquia com garantias de autonomia didática e disciplinar e orçamento próprio.
A partir da Lei 11.892, que criou os Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia no Brasil em 2008, veio a última mudança. No Espírito Santo, as escolas federais profissionais existentes se uniram para a criação do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo. A extinta EAFST torna-se o campus Santa Teresa. Desde então essa instituição octogenária oferece cursos de níveis técnicos integrados ao ensino médio, cursos superiores e cursos de pós-graduação Lato Sensu. Além do ensino, atua também na pesquisa aplicada, especialmente na área das ciências agrárias e busca a manutenção e o fortalecimento de sua missão extensionista iniciada na década de 1940.
Essa bela história do IFES de Santa Teresa, carinhosamente chamado pelos ex-alunos de Barracão, tem uma relação muito estreita com Santa Leopoldina, de onde muitas gerações de estudantes saíram para estudar, deixando as suas passagens marcadas na história dessa escola como alunos, atletas e cidadãos.
Registrar e parabenizar essa instituição de ensino pelas oito décadas de existência é o mínimo que o jornal O Leopoldinense poderia fazer.
Parabéns ao IFES Santa Teresa!!
Parabens ao Ifes Campus Santa Teresa pelos seus 80 anos de história
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