Polícia Civil conclui inquérito sobre roubo em que criminosos se passaram por policiais civis, em Colatina
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Colatina, concluiu, na última sexta-feira (04), o inquérito policial que apura o crime de roubo ocorrido no dia 21 de janeiro deste ano, no bairro Colúmbia, em Colatina. Na ocasião, três criminosos armados, se passando por policiais civis, invadiram a residência de um casal, alegando estar em cumprimento de mandado judicial, e efetuaram um roubo.
Durante a ação criminosa, os suspeitos utilizaram camisas com a inscrição "Polícia Civil" e símbolos do Estado do Espírito Santo. Após anunciarem o assalto, eles algemaram o casal e subtraíram cerca de R$ 80 mil em joias, um veículo avaliado em aproximadamente R$ 900 mil, R$ 6 mil em espécie, além de diversos outros bens.
As vítimas também foram obrigadas a realizar transferências bancárias por meio de seus aparelhos celulares, totalizando R$ 10.100,00. Os criminosos mantiveram o casal em cárcere por cerca de três horas, sob a mira de armas de fogo e mediante graves ameaças.
Durante as investigações, um homem de 21 anos foi preso na cidade de São Gabriel da Palha, suspeito de ter conduzido o veículo utilizado na ação. Outro investigado, de 23 anos, foi detido em São Mateus, suspeito de ter participado diretamente da invasão à residência. As prisões contaram com o apoio das Delegacias de Polícia (DPs) de São Gabriel da Palha e de São Mateus.
Um terceiro envolvido, também de 23 anos, encontra-se foragido. Contra ele, há um mandado de prisão preventiva expedido pela 4ª Vara Criminal de Colatina. Um quarto criminoso, que também teria participado da ação, ainda não foi identificado. Sabe-se que ele veio da cidade de Belo Horizonte (MG) para atuar no crime. As diligências continuam para que ele seja identificado, indiciado e responsabilizado judicialmente.
"Foi uma investigação complexa, que demandou diversas representações ao Poder Judiciário, inclusive várias visando dados sigilosos telefônicos e telemáticos, exigindo da equipe de policiais muita expertise nos trabalhos. O importante é que estamos dando uma resposta à sociedade, para um crime que chamou a atenção pela ousadia dos criminosos, que se passaram e se vestiram como policiais civis, e que impingiram muitas e sérias ameaças contra as vítimas", afirmou o titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Colatina, delegado Dair Oliveira Junior.
Segundo o delegado, os criminosos foram indiciados por três crimes de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo, concurso de pessoas e restrição da liberdade das vítimas, além de duas extorsões qualificadas pela privação da liberdade. Caso venham a ser condenados, as penas somadas podem variar entre 15 e 43 anos de reclusão.

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